quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crónicas Políticas


No passado dia 10 de Maio, pouco passava das 09:00 h, na Rádio Campanário deu-se início ao debate dos cabeças de lista às eleições autárquicas que terão lugar lá para depois do Verão.

Há quem diga que seria ainda prematuro e que os timmings não seriam os melhores. Contudo, discordo frontalmente dessa opinião porque neste debate ficou claríssimo quem, desde já, tem as ideias devidamente arrumadas quanto ao que deve ser a gestão da autarquia no próximo mandato.

Mas continuando, coube ao Sr. Prof. Condenado (actual presidente e candidato pela CDU) a abertura das “hostilidades”, começando desde logo, como é seu apanágio, por desferir vários golpes directamente ao candidato do Partido Socialista (Eng.º Luís Caldeirinha Roma), acusando o PS e pedindo explicações de um aglutinado de querelas e factos políticos absolutamente incipientes e quiméricos… As acusações foram claramente respondidas pelo candidato do PS que elevou o debate dizendo frontal e calmamente que não iria discutir “politiquices”, pois o que estava em causa era a população de Vila Viçosa e não se poderia perder tempo com esses jogos.

O Dr. Palma Rita (candidato do PSD), usando a seguir da palavra resolveu também tentar fazer acusações ao candidato do PS, mas bastou este último dizer-lhe de forma serena que o PSD local teria de se informar melhor sobre as questões passadas, sugerindo-lhe mesmo que reunisse com o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, coisa que o próprio Eng.º Roma havia feito há cerca de um mês. Após esta resposta o Mestre em Sociologia Dr. Palma Rita teve o bom senso de não ir por aí, mas… ideias concretas para o concelho nem vê-las.

Em boa verdade o ilustre candidato do CDS-PP, manteve a elevação no debate não tentando sequer atingir as outras forças partidárias, o que registo como positivo, embora também não apresentasse qualquer inovação ou alternativa válida à gestão camarária na inércia que actualmente a caracteriza.

Bem, a partir daí foi aquilo a que, quem segue a política local, já se tem habituado, com o Prof. Condenado a fugir às questões colocadas, respondendo apenas que eram todos incompetentes e incapazes e que ninguém estava por dentro das questões de Vila Viçosa (a não ser ele próprio, claro!).

Nem mesmo quando confrontado com os números incrivelmente reduzidos das verbas aprovadas no III Quadro Comunitário de Apoio para a Câmara Municipal, durante os seus mandatos (refira-se que foi a Câmara do Alentejo que conseguiu a menor verba de investimento homologado na região), o distinto Presidente perdeu a sua postura altiva, preferindo sempre jogar com cartas dúbias para descredibilizar o candidato do PS que faziam insistentemente ricochete na honestidade e transparência de quem nada tem a esconder e que os munícipes conhecem tão bem.

Enfim, em face deste cenário não foi fácil para o nosso candidato expor as ideias que defende para o desenvolvimento efectivo do município. Percebeu-se, no entanto, a mais valia das ideias defendidas entre as quais se destaca o alargamento do apoio social aos idosos, a dinamização dos jovens com o Conselho Municipal da Juventude, o incentivo ao emprego, as parcerias publico-privadas, o associativismo, a melhoria efectiva do ambiente no concelho, a potenciação das actividades económicas intrínsecas, o património, etc. Acima de tudo, a certeza que, caso fosse eleito, não ficaria atrás de uma secretária ou num gabinete, à espera que as soluções para os problemas lhe caíssem do céu, perspectivando uma atitude pró-activa de quem tem a vontade e o saber para dinamizar Vila Viçosa numa atitude dinâmica de absoluta coerência com o progresso que o concelho merece.

Em suma, sem desprestígio para os restantes candidatos, senti no passado Domingo um profundo orgulho em ser militante do Partido Socialista e bem assim de ter um excelente candidato, que revelou, mais uma vez, estar à altura de reposicionar os destinos do meu concelho de forma a que ainda consiga alcançar a carruagem para ultrapassar os desafios que se avizinham.

Obrigado Eng.º Roma, assim conseguiremos realmente Derrubar Muros e Construir Pontes…

Viva Vila Viçosa!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Visita ao Concelho



domingo, 26 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

INTERVENÇÃO DE ANABELA CONSOLADO NAS COMEMORAÇÕES DA DATA 25 DE ABRIL


"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. (…)"

Foi desta forma que o Capitão Salgueiro Maia, na madrugada de 25 de Abril de 1974 na parada da Escola Prática de Cavalaria em Santarém, se dirigiu aos 240 homens que formaram de imediato à sua frente para depois seguirem rumo a Lisboa para marchar sobre a ditadura.
Há, de facto, pequenos parágrafos que mudam para sempre o rumo da história de uma nação, onde se distinguem claramente os homens e as mulheres de coragem, que teimam em lutar contra o imobilismo ideológico, a falta de liberdade e a ausência de vontade própria.Este viria a ser o dia que restituiria a Portugal a dignidade de um povo livre e com uma forma própria de exprimir a sua vontade política, cultural e ideológica.Após décadas de medos, de perseguições, de injustiças, de discriminação e de repressão, garantiu-se a realização de eleições livres pluripartidárias, bem como a participação activa dos cidadãos na formação dos órgãos políticos e das instituições que governam o nosso pais e as nossas populações.
Hoje, 35 anos volvidos, temos um Portugal livre e democrático que, como disse John Fitzgerald Kennedy, “(..) é a forma superior de governar, porque se baseia no respeito do Homem como ser racional”.
Assim sendo a liberdade e a democracia não são per si a solução dos problemas da sociedade. Consideramos, outrossim, que se tratam de instrumentos basilares para que os próprios cidadãos transformem e actuem no sistema onde estão inseridos, traçando os rumos do seu próprio destino e aproximando-se tendencialmente do dinamismo inerente às soluções mais desejadas.
Nesta senda, a liberdade baseia-se na vontade própria dos cidadãos e na forma de propor, transmitir, lutar pelos valores em que acreditam, denunciar os abusos, os esquecimentos, os desvios; participar na mudança, na alternativa, na modernização, na inovação, na diferença, primando pelo rigor e transparência ideológica.
Vivemos em democracia podendo escrever os nossos próprios anseios, criticando aquilo que entendemos e exigindo, cada vez mais, tudo aquilo a que temos direito como cidadãos atentos e preocupados.
É certo que vivemos actualmente momentos de uma forte conturbação económica e financeira que assola todo o mundo de forma directa a que não escapa o país, a região e o próprio concelho, mas nem por isso nos devemos resignar a viver deprimidos apresentando sem cessar o queixume próprio daqueles que se imobilizam perante as dificuldades.
Não … Não deixemos que a burocracia vença o entusiasmo e a inércia vença a dinâmica. … Perante as dificuldades da escalada do desemprego, da economia, do desânimo, devemos antes ter uma atitude pró-activa e lutar, ainda com mais afinco, tal como aqueles que lutaram há 35 anos atrás, é esse dever que nos confere a liberdade e a democracia conquistada, na certeza de que se o Presente é hoje, o Futuro é já amanhã. E para que possamos encarar o amanhã com esperança e optimismo cabe-nos preparar os desafios que o Futuro nos trará:
- Ao conformismo e estagnação económica de determinadas actividades, responderemos activamente com uma verdadeira Revitalização e Rejuvenescimento dessas mesmas Actividades Económicas, de importância decisiva para a identidade do nosso Concelho.
- Ao atraso tecnológico responderemos com a modernização técnica e formação profissional.
- À concentração e uniformização das actividades responderemos com uma maior diversificação da base económica local ampliando o tecido empresarial e uma especialização produtiva, aproveitando potenciais vantagens de sinergias inter-concelhias.
Não esperemos comodamente nos gabinetes que as soluções apareçam na nossa frente como que por magia, não foi essa a herança que nos deixaram os que fizeram a Revolução dos Cravos.
Por respeito aqueles que construíram Abril vamos ser dinâmicos e sem qualquer assombro de intimidação lançarmo-nos na busca incessante da resolução eficaz dos problemas concretos que nos devastam.
É aqui que os Órgãos Autárquicos, eleitos democraticamente, porque homens como Salgueiro Maia criaram as raízes da liberdade, deverão ser os grandes promotores do exemplo de como a sociedade se deve posicionar nos diversos campos da vida social, cultural e económica, principalmente nesta altura de crise. Cabe-nos a nós, idealizar e construir formas de encontrar caminhos que acabem com a injustiça social, com a falta de emprego e com a falência de empresas.
Vencer estes desafios exige certamente novas leis, novas regras e sobretudo novas formas de estar na sociedade civil, uma nova atitude política e um novo modelo de desenvolvimento.É com esta atitude de confiança que comemoramos este dia, agradecendo empenhadamente a todos os que fizeram renascer a liberdade, e garantindo que é com o mesmo empenho que encaramos o desenvolvimento concelhio de modo a garantir a construção de um amanhã cheio da esperança, onde a herança democrática por nós recebida será perpetuada no futuro.
Viva o 25 de Abril. Viva Portugal.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Diário do Sul 09/04/07